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A corrida à consignação do IRS e do IVA

Foto do escritor: Be Responsible Be Responsible

Atualizado: 10 de jan. de 2023

Em 2022 serão mais de 4.500 entidades a beneficiar da consignação do IRS e do IVA e que reforçarão os seus esforços de comunicação para sensibilizar os cidadãos portugueses a doarem 0,5% do seu IRS ou 15% do IVA a uma instituição.


Os contribuintes em 2019 doaram mais de 16 milhões de euros a 3.371 entidades no âmbito da consignação de IRS e IVA (dados avançados pelo Ministério das Finanças relativos ao IRS 2016, entregue em 2017). Em 2020 foram 26,3 milhões de euros que os portugueses doaram do seu IRS. Dada a relevância desta iniciativa, muitas são as estratégias de comunicação que as instituições recorrem para apelar à consignação do IRS e do IVA, desde as figuras públicas e influenciadores digitais, anúncios para rádios e televisões, e ainda mupies e panfletos, anúncios para jornais e plataformas digitais.


Para muitas instituições, a consignação do IRS e do IVA é uma importante fonte de financiamento para as suas causas humanitárias, sociais, ambientais e culturais. Ano após ano, vemos o número de instituições a aumentar e a beneficiar desta iniciativa, observando uma corrida ao coração dos portugueses. Em 2023 os contribuintes terão ainda a opção de destinar a uma associação juvenil, de caráter juvenil ou de estudantes, uma quota equivalente a 0,5 % do IRS, segundo uma portaria publicada no dia 17 de novembro de 2022 em Diário da República.


Mas na verdade, quem são as instituições que conseguem singrar e ter campanhas de comunicação eficazes, alcançando os objetivos pretendidos? Num mercado social onde os budgets de comunicação são reduzidos ou mesmo nulos, como podem as organizações diferenciarem-se?


A primeira instituição que destacamos é a Fundação AMI. Sabia que em 2002 esta instituição foi a primeira e única organização a beneficiar da consignação do 0,5 do IRS? Em 2021, a AMI lançou a campanha com o mote "Nem todos os desalojados fogem de catástrofes" cujas verbas angariadas foram aplicadas aos projetos de de apoio à população sem abrigo.



Também na área social, a Operação Nariz Vermelho lançou em 2019 (uma das nossas preferidas campanhas) "O IRS é um bicho de 7 cabeças mas um bicho de 7 cabeças tem muitos sorrisos para dar" recorrendo ao humor. A campanha desenvolvida pela NOSSA esteve na imprensa, redes sociais e nos principais canais de televisão na sua versão mais curta. Toda a história poderá ser vista no canal YouTube e redes sociais da Operação Nariz Vermelho. Veja aqui o vídeo:



Já a campanha da Amnistia Internacional Portugal desenvolvida em 2019 "Fácil, Fácil é destinarem 0,5% do vosso IRS à Amnistia Internacional" contou com o contributo de várias figuras públicas, nomeadamente Pedro Fernandes, Inês Castel-Branco, Manuel Moreira, Sílvia Alberto, Custódia Gallego, João Cabeleira e Tim, dos Xutos & Pontapés, Romeu Costa, Ivo Canelas, Ana Sofia, Benedita Pereira, Capicua e Kalaf.



Na área ambiental, destacamos a campanha de 2019 da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves com o slogan "No seu IRS dê voz à Natureza. Não custa nada" apelando, desta forma, à proteção e valorização dos tesouros naturais do nosso país.



A campanha de 2021 da Acreditar sensibiliza para o enorme impacto que este gesto pode ter na vida das crianças e jovens com cancro que a Acreditar acompanha. Poderá até consultar no site desta organização todas as datas mais importantes do calendário fiscal. Veja o vídeo da campanha:



Por último, destacamos a campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a organização mais escolhida pelos contribuintes portugueses. A LPCC lançou em 2021, uma campanha onde o humorista português Ricardo Araújo Pereira foi o embaixador. Os conteúdos da campanha foram promovidos através de mupis, rádio, TV e canais digitais da LPCC sob a forma de posts e vídeos com o Ricardo Araújo Pereira. Veja o vídeo da campanha:



Na sua opinião quais as causas que os portugueses privilegiam? Será o apoio à pobreza, a crianças, a idosos, a doentes, a pessoas portadores de deficiência, a pessoas vítimas de violência, à preservação da natureza...?


Uma coisa é certa, é preciso ainda desmistificar o processo de contribuição: há ainda desconhecimento e receios de dificuldades para quem nunca contribuiu. Portanto, é preciso aumentar a notoriedade/comunicar: é importante comunicar esta forma de contribuição, reduzindo o número dos que não conhecem e relembrando aqueles que já conhecem.


Escolha a sua entidade particular ou de solidariedade social, religiosa, juvenil ou de utilidade pública reconhecida pelo Estado e estará a ajudar milhares de causas. É tão simples apoiar, basta doar uma percentagem dos seus impostos ou apenas passar a palavra sobre esta forma de ajudar ao seu círculo de contatos.


A sua campanha preferida, qual é? Partilhe aqui nos comentários.


@Linda Morango

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