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RESPONSIBLE HUB

Partilhar, valorizar e inspirar o que de melhor se faz na Economia Social.

O Responsible Hub pretende ser um espaço de partilha aberta e transparente, dando visibilidade às melhores práticas, projectos e soluções desenvolvidas no sector da Economia Social.

Aqui, destacamos o papel essencial das organizações e profissionais que, diariamente, trabalham para gerar um impacto positivo, coerente e sustentável nas comunidades. Promovemos o conhecimento, a colaboração e o reconhecimento público da importância estratégica deste sector para a sociedade.

Neste espaço encontrará entrevistas, artigos de opinião, publicações e reflexões de formadores, consultores e outros profissionais que partilham a sua visão e o seu saber — sempre com o propósito de inspirar e fortalecer quem trabalha com e para o impacto.

​Esperamos que aprecie este espaço. Faça parte, partilhe e contribua para esta comunidade que valoriza o conhecimento, a cooperação e o impacto.

Em entrevista ao Blog Be Responsible, Andreia de Carvalho partilha, a sua experiência na gestão de projetos financiados e não financiados em contextos nacionais e internacionais e dá conselhos úteis.

Formadora da Be Responsible
Andreia de Carvalho

Publicamos esta entrevista que pode ler na íntegra, aqui no Blog Be Responsible.


Qual é a história sobre a Andreia de Carvalho (AC) que nunca foi contada?

AC. Sempre fui uma pessoa sonhadora, curiosa e empenhada, mas nunca soube muito bem o que "queria ser quando fosse grande". Acabei por seguir os caminhos que a vida me foi mostrando e foi assim que cheguei a esta área de trabalho que me preenche muito.


Não vamos perguntar o que dizem os seus olhos... Mas quem é a Andreia de Carvalho?

AC. A Andreia é uma pessoa muito curiosa, empenhada e ridiculamente organizada. Que fala imenso e que é muito sociável. Que é rigorosa e que quando se compromete com algo é para o fazer bem feito. Que não gosta de falhar prazos, nem de "desculpas esfarrapadas". E que adora trabalhar com organizações.


Possui uma vasta experiência de acompanhamento e suporte a cerca de quarenta organizações da sociedade civil a nível nacional e internacional, nas áreas de gestão de ciclo de projeto e financiamento. Quais são os principais desafios, na sua opinião, na gestão de um projeto financiado?

AC. Trabalhar com diferentes organizações em diferentes contextos permitiu-me construir uma perspetiva bastante abrangente da gestão de projetos. Existem inúmeros desafios e obviamente que os contextos têm influência, mas, a meu ver, na generalidade os maiores estão relacionados com as limitações em termos de recursos (sobretudo humanos) e os imprevistos que surgem ao longo do ciclo de projeto.


Coordenou/a inúmeros projetos em todo o território nacional e em países como Bangladesh, Brasil, Senegal e São Tomé e Príncipe. Quais as grandes diferenças na gestão de um projeto nacional e de um projeto internacional?

AC. Ao longo dos anos fui trabalhando com diversas organizações, em diversos países e felizmente tive oportunidade de conhecer no local algumas dessas instituições como, aliás, está mencionado na questão. Na minha opinião pessoal, a grande diferença na gestão de um projeto está no contexto e na maior ou menor facilidade de atuação nesse mesmo contexto. Além disso, existem sempre as dinâmicas de trabalho que variam devido às influências sociais e culturais e finalmente, a aplicação de regras específicas consoante o país e/ou o financiador.


É formadora há mais de dez anos nas temáticas de desenvolvimento e cooperação internacional; ação humanitária; gestão de projetos sociais; voluntariado e medicina humanitária e foi professora convidada na Pós-Graduação Crise e Ação Humanitária no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP - UL). Na Academia Be Responsible ministrou a masterclass "Sou Gestor de um projeto financiado. E agora?", o que levou a propor esta ação?


Nos últimos anos tenho trabalhado muito de perto com organizações nacionais e foi muito interessante e enriquecedor perceber a dinâmica destas. Isso permitiu-me também identificar as principais dificuldades de quem gere os projetos nestas instituições e foi essa a razão pela qual decidi criar esta masterclass. É uma sessão curta que pretende ser direta e concreta para que os destinatários possam, no final da sessão, saber por onde começar. Há pequenos procedimentos que se tornam cruciais e importantes para construir um caminho sólido, por isso, achei que faria sentido começar por aí.


Ao longo do seu percurso profissional, qual o projeto que gostou mais e menos de gerir? Porquê?

AC. Confesso que me é bastante difícil selecionar projetos específicos, pois cada um deles apresentou desafios distintos e aprendizagens importantes. Posso, no entanto, referir que os projetos que gostei menos de gerir foram aqueles em que senti que as pessoas envolvidas não estavam comprometidas. E talvez pela proximidade temporal o projeto que estou a gerir atualmente é um dos meus favoritos, muito pela sua dimensão e pelo desafio que tem representado para mim.


A 26 de junho a Academia Be Responsible promove o workshop intensivo com a duração de 12 horas dedicado à temática da Gestão de projetos sociais. Quais os temas que serão abordados neste workshop? Em que sentido difere da masterclass "Sou Gestor de um projeto financiado. E agora?" que ministrou. Quais são os principais destinatários desta ação?
AC. O workshop pretende abordar de forma mais detalhada a gestão do ciclo de projeto. Ao longo do mesmo serão abordadas as diferentes fases do ciclo de projeto e iremos promover a partilha de experiências, de forma a enriquecer as sessões, além das orientações práticas. O workshop é direcionado para gestores e coordenadores de projeto de organizações sociais, técnicos que desempenhem estas funções e, eventualmente, interessados na temática.

Quais os cinco conselhos úteis que poderia dar a quem gere um projeto, quer seja ou não financiado?

AC. Cinco conselhos úteis que deixo a quem gere um projeto, seja ele financiado ou não, são:

1. Começar por planear;

2. Organizar;

3. Controlar os prazos (calendarizar);

4. Acompanhar e monitorizar;

5. Preparar-se para imprevistos.


Inscreva-se no workshop online de Gestão de projetos sociais, no próximo dia 26 de junho das 19h00-21h30, via zoom pro.

Sobre formadora Andreia de Carvalho


Licenciada em Relações Internacionais pela Universidade do Minho. Mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pelo ISEG - Universidade de Lisboa.

Tem mais de quinze anos de experiência de trabalho com organizações sociais nos setores humanitário, social e de cooperação internacional. Foi coordenadora de projetos de uma das maiores organizações humanitárias portuguesas durante mais de uma década, onde acompanhou cerca de quarenta organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, através da gestão de subvenções e suporte ao nível da gestão de ciclo de projeto. Esta experiência incluiu também o trabalho de monitoria e avaliação no terreno em todo o território de Portugal e em países como Bangladesh, Brasil, Senegal e São Tomé e Príncipe e ainda, a preparação e acompanhamento de mais de uma dezena de expatriados voluntários no Brasil e Bangladesh.


Foi gestora de projetos numa consultora na área da cooperação para o desenvolvimento, onde geriu projetos em Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau, trabalhando com mais de quinze consultores/peritos de diferentes equipas técnicas, assim como com diversas entidades financiadoras, cooperações e parceiros de consórcio.

Desempenhou a função de senior desk officer na área de fundos e impacto numa organização não governamental que se dedica ao empoderamento feminino, na qual geriu os financiamentos dos projetos implementados com diversas entidades financiadoras, apoiou a definição e implementação de processos internos de qualidade, gestão e monitoria e ainda, submeteu candidaturas a diversas linhas de financiamento.

Foi professora responsável pela unidade curricular de Gestão de Ciclo de Projeto Humanitário na Pós-Graduação em Crise e Ação Humanitária, do ISCSP - Universidade de Lisboa. Há mais de dez anos que é formadora nas temáticas de desenvolvimento e cooperação internacional; ação humanitária; gestão de projetos sociais; voluntariado e medicina humanitária. 

Atualmente, desenvolve atividades de formação e consultoria destacando-se a realizada para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Cabo Verde, direcionada aos líderes juvenis de Organizações da Sociedade Civil. É também Coordenadora da Área Smart Senior, responsável pelo desenvolvimento de parcerias com organizações sociais, na Fundação Primavera.


É formadora e consultora na área de desenho, monitorização e avaliação de projetos na Academia Be Responsible.

Em entrevista ao Blog Be Responsible, Magda Stela partilha da sua paixão pelo jornalismo e experiência na arte de comunicar uma marca ou organização junto dos media.
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Publicamos esta entrevista que pode ler na íntegra, aqui no Blog Be Responsible.


Qual é a história sobre a Magda Stela que nunca foi contada? Quem é a Magda Stela?

MS. Desde criança que sou muito, muito curiosa. Sempre tive interesse em conhecer e entender as coisas e as outras pessoas. Sobretudo vontade de questionar. Sou assim até hoje. E adoro ser ouvinte. Quando resolvi escolher Jornalismo, vi a possibilidade de através de histórias criar proximidades. Acredito na comunicação que permite gerar laços, estabelecer diálogos, questionar, duvidar, e que nessa totalidade nos torna pessoas melhores. Também gosto de saber a história por trás de cada pessoa e conhecê-las. Porque todas as pessoas atravessam histórias e há sempre narrativas para lá de nós. A Magda gosta de acasos, abraços, livros e viagens… Adoro o silêncio, ou ficar horas à conversa, do entardecer e do mar, da leveza e encantos inesperados de África ou dos recantos descobertos ao acaso. Fascinam-me sorrisos, a simplicidade e a solidariedade.


A paixão pelo jornalismo nasceu aos 14 anos. O que a levou a formar-se em jornalismo?

MS. A ideia de uma profissão que leva ao público as informações necessárias, abrindo o caminho para a curiosidade e a busca de conhecimento, fizeram-me ver no Jornalismo algo maior. Percebi que a comunicação é uma ferramenta incrível. Ela serve também para unir pessoas, mostrar algo novo, contar histórias, abrir horizontes, enriquecer opiniões. Tudo isto também se encontra presente no Jornalismo, uma área rica em possibilidades. A ideia de aprender coisas novas todos os dias é um dos principais motivos que fazem igualmente a profissão valer a pena.


Passou por várias experiências profissionais. Da sua experiência na Cision, qual é o balanço que faz desse período? Como era o seu dia a dia?

MS. A experiência na Cision foi o primeiro contacto com a questão de rigor de planeamento, contacto, monitorização e análise dos media. Adquirir ferramentas e conhecimento estratégico para medir o sucesso da comunicação organizacional, perceber a reputação desta, ter a possibilidade de analisar a visão institucional neste domínio, fez-me enriquecer a minha perceção sobre a comunicação, enquanto ferramenta essencial nas mais variadas dinâmicas. O meu dia a dia tinha como foco demonstrar o impacto de campanhas e ações de comunicação. Foram muitas horas envolvida com uma grande variedade de tabelas, gráficos e relatórios, com vista à leitura do sucesso do impacto das coberturas em análise. Comparar notícias por projeto, por ação, por campanha; analisar o posicionamento organizacional e de que forma os esforços de comunicação necessitavam de ser ajustados; avaliar o verdadeiro impacto de uma história, com base em múltiplos fatores.


Após a Cision e Rádio, ingressou no domínio da Comunicação Institucional no setor da saúde, e mais tarde da economia social. Passou por várias Instituições onde assumiu a coordenação da Comunicação e Marketing Estratégico, área de Protocolos, Eventos, Angariação de Fundos e Responsabilidade Social Corporativa. Qual foi a importância que a assessoria de imprensa tomou e toma no desempenho dessas funções?

Tomou sempre uma importância muito grande. A assessoria de imprensa numa organização é um essencial elo de ligação entre as fontes de informação e os veículos de comunicação. Mas, também, importa dizer que a relevância e utilidade desta função depende muito da forma como ela é exercida. Entendo que é essencial executá-la de modo credível e honesto. O comportamento ético do profissional de comunicação é um “dever ser” essencial. Destaco sempre a importância da Assessoria de Imprensa como uma atividade facilitadora, permitindo, por exemplo, que a fonte possa adicionar à cobertura noticiosa informações que, de outro modo, poderiam ser omitidas ou não chegariam ao conhecimento da audiência. Reduzir o tempo e o esforço dedicados à apuração de dados informativos é um trabalho que nos compete, e que pode ter inúmeras mais-valias. Uma assessoria competente pode alcançar novas visões.

Com encara o impacto da revolução digital no jornalismo nacional e regional, atualmente?

MS. Entendo que a revolução digital tornou o jornalismo, nacional e regional, mais presente no dia a dia, em todos os lugares e a todo o tempo. Presenciamos uma era de inclusão, e a velocidade e intensidade com que as informações transitam têm também um lado positivo. Para os jornalistas, o trabalho tornou-se mais facilitado, a produção mais rápida, com mais possibilidades. Se o mundo online é um desafio e um risco, também é verdade que é uma oportunidade. Ele trouxe outras formas de contar uma história: com interatividade e novos formatos, com maior nível de criatividade. Nesta “onda” digital, sem dúvida que se operaram mudanças no jornalismo que são irreversíveis. Mas não deixemos de olhar para o lado positivo, nomeadamente que a comunicação é, cada vez mais, uma ferramenta facilitada; que há audiências mais qualificadas do que antes; que é possível, neste contexto, um jornalismo voltado para a qualidade - e esse será o seu maior êxito - com matérias de qualidade, com objetivos editoriais muito claros.


Ao longo do seu percurso profissional, quais foram os maiores desafios que teve que gerir no que diz respeito à assessoria de imprensa?

MS. Saber lidar com crises sempre foi um dos desafios da assessoria de imprensa. Uma crise pode surgir a qualquer momento. Não perder o timing, posicionando a estratégias de assessoria no momento certo é importante. A fragmentação da audiência, a multiplicação dos formatos e canais de comunicação ampliaram os meus desafios no que diz respeito à Assessoria de Imprensa.


Em breve, vai ministrar na Academia Be Responsible um workshop sobre "Como comunicar com os media". O que podem os participantes esperar deste workshop?

MS. Podem esperar o desenvolvimento de competências estratégicas na gestão de comunicação e informação, com vista a uma aplicabilidade nas suas organizações ou gestão das suas marcas. Encontrarão, sobretudo, boas práticas e estratégias que simplificarão as suas relações com os jornalistas dos diferentes meios, através do conhecimento dos valores e funcionamento dos media. A análise da comunicação com os órgãos de informação, as repercussões destas na projeção da imagem da marca ou organização, a caraterização e exploração do potencial mediático dos diferentes projetos, serão alguns dos objetivos, em traços gerais, do programa deste workshop.



O curso"Como comunicar com os media" têm a duração de 9 horas e irá decorrer online (via zoom pro) nos dias 21, 25 e 27 de janeiro das 18h30 às 21h30. Será ministrado pela formadora Magda Stela que irá ajudar-lhe a comunicar melhor a sua organização ou marca junto dos media.
Inscrições até 15 de janeiro através do nosso site www.academiaberesponsible.com ou envie-nos a sua inscrição para info@academiaberesponsible.com.

Sobre a formadora Magda Stela

Magda Stela conta com mais de 15 anos de experiência. É formada em jornalismo, com mestrado em Comunicação e atualmente frequenta o doutoramento em Ciências da Comunicação, na Universidade de Coimbra. A paixão pelo jornalismo nasceu aos 14 anos quando se aventurou numa experiência de um curso de verão numa radio local, motivação que a levou a prosseguir estudos na área e a estagiar, no final do curso, na TSF Rádio Notícias. Depois de trabalhar em rádio e na Cision, ingressou no domínio da Comunicação Institucional no setor da saúde, e mais tarde da economia social. Passou por várias Instituições onde assumiu a coordenação da Comunicação e Marketing Estratégico, área de Protocolos, Eventos, Angariação de Fundos e Responsabilidade Social Corporativa. Atualmente é Adjunta de Coordenação na Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro, sendo responsável pelas áreas da Comunicação e Projetos.

Adora ouvir e contar histórias e, por isso, recentemente deu forma a esse desejo através do

projeto “Narrativas Humanas”, que convida a sentarmo-nos nas histórias de vida para lá de

nós. Porque todas as pessoas atravessam histórias.

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